VOCÊ CONHECE A ANTENA DO CAMPO FREUDIANO?
(ACF Portugal)
Pequeno histórico
A Antena do Campo
Freudiano é uma Associação de psicanálise fundada em 1987 por José Martinho, após
o seu regresso a Portugal ao fim de vinte anos de estadia em Paris, cidade onde
fez o essencial da sua formação académica e psicanalítica, e onde ensinou em
várias universidades, nomeadamente no Departamento de Psicanálise de Paris VIII.
O nome “Antenne du
Champ Freudien” foi sugerido em 1986 por Jacques-Alain Miller, pensando certamente
nas “Antenas” que se criavam então em França e outros países europeus como a
Itália. Esta designação não soava muito bem em português, mas a coisa foi finalmente
interpretada como uma espécie de Radio Lacan avant la lettre. A “Antena” portuguesa começou então a receber,
processar e difundir no país as informações provenientes da transferência de
trabalho dos membros da Fundação do “Campo Freudiano” espalhados pelo mundo.
Mas sobretudo a cuidar da formação do psicanalista de orientação lacaniana e da
transmissão do saber proveniente da sua experiência, de modo a poder expô-lo ao
controlo das instâncias existentes.
Nos primeiros anos
muitos colegas – Anne Lysy, Guy Briole, Jo Attié, Jorge Forbes, Laure Naveau Marie-Hélène
Blancard, Iasmine Grasser, Marcus André Vieira, Pierre-Gilles Guégen, Pierre
Naveau, entre outros, vieram a Lisboa para ajudar nesta tarefa. Ao mesmo tempo a
ACF começou a organizar Seminários, Carteis e Jornadas de Estudo, a traduzir
Lacan, a penetrar na universidade portuguesa, a editar livros e revistas, a
participar em emissões de rádio e de televisão, etc.
Apesar de todo este
esforço, verificou-se que, regra geral, os portugueses continuavam a resistir à
psicanálise e a querer desconhecer Lacan. No seu Centro de Estudos de Psicanálise,
e com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a ACF fez então uma
pesquiza qualitativa e quantitativa para tentar esclarecer melhor a
representação social da psicanálise em Portugal. Apesar desta investigação ter
despertado o interesse de Judith Miller e de alguns colegas, em especial de
Daniel Roy, que veio então a Lisboa, o resultado foi pouco concludente.
Deve ser dito que a
ACF faz parte da Associação Mundial de Psicanálise (AMP) desde a sua criação,
por Jacques-Alain Miller, em Fevereiro de 1992. Em 1994, tornou-se, através de
um Acto Notarial, uma Associação Científica, Técnica e Profissional, sem fins
lucrativos e com personalidade jurídica. Desde 2003 que é um dos Grupos
afiliados da Nova Escola Lacaniana da AMP. Pertence igualmente, desde 2008, à
Federação Europeia das Escolas de Psicanálise (FEEP).
Marcou também presença
em inúmeros Encontros e Congressos internacionais ao longo dos anos, de Paris a
Buenos-Aires, de Ghent a Tel-Avive, de Málaga a São Paulo.
O momento actual
No passado mês de
abril, com a eleição pela primeira vez de uma brasileira para a presidência da
Associação Mundial de Psicanálise, Angelina Harari, e depois de algumas
conversas com Marcelo Veras e outros colegas, a ACF entendeu estreitar ainda
mais os laços com a EBP/AMP.
Adicionar legenda |
O nº 1 da revista –
consagrado ao tema “A língua portuguesa, Pessoa e a Psicanálise”, será lançado
em outubro 2018, mês em que Marcelo Veras virá a Lisboa animar um Seminário
sobre “as psicoses” e apresentar o seu novo livro “Selfie, logo existo”.
Em breve enviaremos
outras informações para o Blog AMP e apresentaremos um pequeno resumo dos nossos
mais recentes trabalhos.
Finalmente convidamos
os colegas que visitarem, emigrarem ou até se refugiarem em Portugal que nos
contactem, já que trabalhadores decididos a desfrechar o campo freudiano
lavrado por Lacan deverão aumentar nestas terras lusitanas.
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