31 de julho de 2009
L’enfant et les objets de la civilisation - Elisabeth Leclerc-Razavet
lundi 27 juillet 2009
L’enfant et les objets de la civilisation - Elisabeth Leclerc-Razavet
Elisabeth Leclerc-Razavet, psychanalyste, membre ECF
Quel usage les enfants, cible privilégiée de cette hyperproduction, font-ils de ces objets modernes ?
Le temps pour comprendre
Du nouveau
Lacan articule " l'insatiable exigence " du sujet à l'objet perdu de toujours et note que les voies qu'il prendra " pour sa récupération " offrent une variété infinie (à la différence des objets de la pulsion dont on fait la liste). Ainsi ce terme de "récupération" articule cette variété des objets modernes au plus-de-jouir qui prend corps de ce qui a été "de moi, coupé"2. Aujourd'hui, les variétés de récupération dépassent la fiction. Force est de constater que tout est fait pour boucher le manque. Mais qu'advient-il du sujet ?
La fonction du plus-de-jouir
Dans le Séminaire D'un Autre à l'autre, Lacan poursuit son dialogue avec la civilisation au moyen des objets du marché, en référence à la plus-value de Marx et nous livre une autre articulation décisive : "le plus-de-jouir, est fonction de la renonciation à la jouissance, sous l'effet du discours". Ce qui est nouveau, c'est qu'il y ait un discours qui articule cette renonciation et "y fait apparaître (...) la fonction du plus-de-jouir. C'est là l'essence du discours analytique".3 Ce trajet de la plus-value au plus-de-jouir vise à réintroduire le sujet. Avec l'appui du transfert, quel usage l'enfant fait-il de ces objets modernes ? En fait-il un négoce ? Ces objets deviennent-ils des objets d'échange ? Et sur quel fond de renonciation ?
Et nous, les psychanalystes, les praticiens orientés par l'enseignement de Lacan, comment opérons-nous ?
Nous savons que les enfants, courent encore beaucoup plus vite que nous. Pour entrer dans ce monde de l'enfant, va-t-il falloir "moderniser" nos outils ? Allons-nous arriver à être plus astucieux, plus inventifs, et à déjouer les fortifications que les enfants nous opposent ? N'oublions pas que si le sujet se constitue au lieu de l'Autre, le ver est dans le fruit dès la génération des parents : les "branchements", ça les connaît! Et ils ne souhaitent pas forcément être agent de la castration... même s'ils se plaignent de leurs enfants. Bref, arriverons-nous à produire une "renonciation à la jouissance" par le biais des objets du marché, et de ce fait, faire apparaître la fonction de ce plus-de-jouir ? Arriverons-nous à ce que le discours analytique fasse poids dans notre dialogue avec la civilisation : maintenir ouverte la place du sujet et du savoir singulier, faire de ce plus-de-jouir un agent qui ne soit pas bouchon d'angoisse ?
Notes
1 Miller J.-A., " Les six paradigmes de la jouissance ", La Cause freudienne n° 43, chapitre sur le cinquième paradigme.
2 Lacan J., Séminaire L'angoisse, p. 258.
3 Lacan J ., Séminaire D'un Autre à l'autre, p. 17
[elp-debates] VIII JORNADAS DE LA ELP
2- por correo postal a la Sede de Valencia de la ELP: Padilla nº8 pta. 2º. Valencia 46001
29 de julho de 2009
[EBP-Veredas] A PSICANÁLISE DO SÉCULO XXI
A PSICANÁLISE DO SÉCULO XXI
Lacan para desesperados da crise
Há uma expectativa crítica em relação à psicanálise no ar, que poderia assim ser enunciada: “E agora você, e agora Lacan, que nos contou as vantagens da pós-modernidade, da queda dos padrões, da liberdade de escolha: o que fazer com esta crise que se abateu sobre o mundo e pede novas regulações?”.
O primeiro engano nesta questão é pensar que foi a psicanálise a responsável pela globalização dos laços sociais e pela sua transformação de estrutura verticalizada em estrutura horizontal, constituindo redes. Não cabe à psicanálise promover uma visão do mundo (Weltanschaung) mas acompanhar, legitimar e incidir sobre as mudanças que ocorrem nos modos de estar bem ou mal do Homem.
O segundo engano é acreditar que frente a novos problemas a melhor solução seja os velhos remédios, no caso, a regulação. Oh, saudosistas! Velhos remédios são calmantes enganadores que além de não tratar um problema, geram mais um decorrente do mau tratamento.
O título deste módulo - “A Psicanálise do Século XXI” - deve ser entendido em suas duas acepções: de qual psicanálise serve a este novo século, e que psicanálise pode-se fazer desse novo século. Na primeira acepção, tomaremos o ensino de Jacques Lacan como o mais relevante para examinar o que é uma psicanálise própria ao século XXI. Na segunda acepção, trabalharemos as novas soluções que já existem e aquelas que estão sendo criadas para cuidar do homem atual, sem cair no fascínio das seguranças ultrapassadas. Dois psicanalistas e um filósofo se responsabilizarão pela tarefa.
Jorge Forbes
1ª. AULA. 13/8/2009 – JOEL BIRMAN
Novas subjetivações e o mal estar na contemporaneidade
A proposição da conferência é de circunscrever as novas formas de subjetivação na atualidade, indicando os impasses do discurso psicanalítico de se confrontar com um mundo no qual o Estado perdeu o seu lugar de referencia axial no espaço social ,tendo como contra partida a disseminação da economia neo liberal. A questão da autoridade paterna foi colocada na berlinda ,de forma que o imaginário da barbárie se atualizou no espaço social.É nessa perspectiva que o Édipo como referencia ética foi colocada em questão.
JOEL BIRMAN é Psicanalista, Membro do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos e do Espace Analytique, Professor Titular do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professor Adjunto do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
2ª. AULA. 20/8/2009 – ALAIN GROSRICHARD
Mal-estar na globalização - Lacan e as Luzes
Depois de Freud, o psicanalista Jacques Lacan reinvidicava sua filiação às Luzes, aquelas do século de Voltaire, chamado também de “o século dos filósofos”. Entretanto, foi praticando a “anti-filosofia” que ele afirmava continuar o combate daqueles, contra os todos os tipos de preconceitos. O que ele queria dizer com isso? Em que, e até que ponto, a “anti-filosofia” lacaniana se inspira no Iluminismo? E que luzes, por sua vez, nos traz hoje sua obra para analisar o do que se trata no mal-estar ou na crise da civilização, a qual um J-J- Rousseau - anti-filósofo esclarecido, mesmo não sendo o Doutor Lacan – já tinha recenseado com tanta lucidez, e encarnado até à loucura, alguns de seus sintomas?
ALAIN GROSRICHARD é ex-aluno da Escola Normal Superior, « agrégé » de filosofia, Professor honorário da Universidade de Genebra, Presidente da Sociedade Jean-Jacques Rousseau, membro da Escola da Causa Freudiana (França) e da Escola Brasileira de Psicanálise. Escreveu muitos trabalhos sobre a literatura e a filosofia iluminista, especialmente sobre Rousseau, como também sobre o enfoque psicanalítico da literatura.
3ª. AULA. 27/8/2009 – JORGE FORBES
Jacques Lacan e a psicanálise do século XXI
Jacques Lacan ficou conhecido, e ainda assim é visto, como, talvez, o mais importante continuador de Freud, alguém que deu estatuto racional iluminista ao Inconsciente, desde a sua famosa formulação do “inconsciente estruturado como uma linguagem”.
O que pouco, no entanto, se sabe é que nos últimos anos de seu ensino Lacan deu uma guinada de 180 graus em tudo o que tinha feito até então e, como se estivesse pensando contra si mesmo, propôs uma nova clínica, muito diferente da primeira e ainda a mais difundida, uma clínica própria a um homem que iria viver a crise de um mundo globalizado.
A desestruturação das relações patriarcais exigiu uma clínica além do Édipo, na qual Freud não mais explica, Freud implica. É a psicanálise de um mundo novo e o que se faz hoje na clínica, à diferença do que se fazia antes, que iremos debater.
JORGE FORBES é psicanalista e psiquiatra. Preside o Instituto da Psicanálise Lacaniana (IPLA) e dirige a Clínica de Psicanálise do Centro do Genoma Humano da USP. É membro (A.M.E.) das Escolas Brasileira e Européia de Psicanálise. Escreveu vários artigos e livros, a maioria sobre a psicanálise que responde às mudanças do homem na globalização.
NOTA (1) aos leitores de Veredas: Eric Laurent, que tinha confirmado sua participação nesse programa, tendo suspendido uma viagem à Argentina, na mesma época, informou-nos que, por conseguinte, não viria mais ao Brasil.
NOTA (2) : todos os programas são gravados às 19h, na sede da cpflcultura (café filosófico), em Campinas. A entrada é livre.
[elp-debates] Ecos de PIPOL4
“Este encuentro prepara el futuro del psicoanálisis y asegura su lugar en una ciudad que es planetaria”. Con estas palabras Judith Miller, Presidente de la Fundación del Campo freudiano, daba la bienvenida a los 1100 participantes que se reunieron en Barcelona los días 11 y 12 de julio con motivo del 4 Encuentro Europeo del Campo Freudiano. En la Apertura, el Director del Encuentro, Vicente Palomera, destacó que la clínica psicoanalítica permite calibrar “los logros y fracasos de la inserción del sujeto”. Por su parte, los representantes del gobierno de la ciudad, de la Diputación y del Ayuntamiento de Barcelona, compartieron la importancia de tener en cuenta la posición subjetiva en las realidades de exclusión y agradecieron al Campo Freudiano la voluntad de estar presente en la ciudad.
El Encuentro Pipol 4, trató los fundamentos psicoanalíticos de la desinserción, mostrando que el síntoma revela ser la huella escrita de nuestra soledad y que, a diferencia del asislamiento, la soledad no es exclusión del Otro, sino separación del Otro. Se trató, también, de la variedad clínica de la desinserción, de la función de lazo social del delirio y sus modalidades de funcionamiento.
En su alocución sobre La salvación por los desechos, Jacques-Alain Miller distinguió la salvación por los desechos de la salvación por los ideales. Rescatando el valor del desecho sin forma, que cae, que se evacua. Desechos que Freud reconoció como formaciones del inconsciente.
Jacques-Alain Miller destacó la sublimación como socialización del goce, haciendo resaltar la funcionalidad del goce como lazo social. Pero fue aún más lejos al aunar paranoia y lazo social: “es imposible ser alguien sin el apoyo de una paranoia” y avanzó estirando varias puntas de este entramado para desvelar que también es el Otro social quien desmiente permanentemente esta paranoia. Un Otro social que persigue nuestro bien. Entonces, hay que estar advertidos del “riesgo para el psicoanálisis de la inserción social de los analistas”.
Siguiendo este juicio se puede desvelar por qué la pragmática de la desinserción consiste en la paranoicización del sujeto.
Durante las dos jornadas, las salas de trabajo simultáneas estuvieron pobladas de participantes que se reunieron en torno a temas tan variados como las psicosis, las toxicomanías, el duelo, el lenguaje, los síntomas escolares, la psicosis infantil o los tratamientos de la desinserción.
Como novedad este encuentro incorporó una oferta bajo la modalidad de Taller–conversación. Dos espacios de trabajo cuyos títulos fueron “La realidad psíquica es la realidad social” y “¿Qué quiere decir hablar la lengua del Otro?”
El cierre del encuentro comenzó con agudas elaboraciones sobre el virtuosismo de Glenn Gould, Aharon Appelfeld, Samuel Beckett y James Joyce, “maestros de la desinserción”.
Eric Laurent, exhortó al auditorio apuntando: “o hablamos del síntoma o hablamos de los ideales” marcando así una delimitación territorial donde el psicoanálisis concibe al síntoma como un modo de lazo social.
Esto dio paso a la última plenaria en la que analistas de gran recorrido institucional presentaron y comentaron trabajos bajo el título “La práctica de las reuniones clínicas y la cartografía de lo real”.
En esta mesa se pusieron al debate cuestiones como la dificultad en las instituciones para dejarse hablar por el síntoma de la manera menos tóxica. La supervisión como un espacio en el que ver de lado al síntoma y hablarle. La prudencia en relación al goce y el aviso de no pretender borrar el discurso del amo sino hacerlo mediar entre el sujeto y su síntoma.
También emergieron cuestiones sobre la importancia, en la transmisión de un caso, de dar cuenta no sólo de la elucidación de la práctica sino de la experiencia del practicante.
La estructura definida en términos de condiciones de posibilidad junto a la idea de que en las reuniones clínicas lo que se puede transmitir no es una técnica sino un saber hacer por medio del análisis, dieron paso al cierre.
Finalmente, Judith Miller y Vicente Palomera invitaron a J.A.Miller a subir a la tribuna para presentar el título del próximo encuentro europeo de PIPOL V: “Ser nombrado”, señalando lo siguiente: “Ser nombrado da a la desinserción su contrapunto”.
“Ser nombrado…. Consecuencias psicoanalíticas de la nominación” se abre como nuevo título que incita a poner en marcha a la comunidad analítica hacia Bruselas 2011.
Matías Meichtri
28 de julho de 2009
27 de julho de 2009
[EBP-Veredas] Reprogramação Jornada Internacional do CIEN
Jornada Internacional do CIEN
A pressa em responder
BOLETIM INFORMATIVO 03
25 de julho de 2009
Prezados colegas,
Como é de conhecimento de todos, decidiu-se por uma reprogramação do ENAPAOL para novembro de 2009, em função das recomendações sanitárias em relação à gripe A.
Informamos que o mesmo decidiu-se para a Jornada do CIEN, agendada anteriormente para o dia 26 de agosto. Tal como o ENAPAOL, a Jornada do CIEN ocorrerá em novembro e brevemente divulgaremos a data precisa.
Assim sendo, os trabalhos não precisam ser enviados no prazo anteriormente estabelecido (30/07), podendo os laboratórios dedicarem-se ao tema ao longo dos próximos meses. Divulgaremos oportunamente a nova data para envio dos trabalhos.
A Comissão Organizadora e a Comissão de Orientação e Coordenação do CIEN Brasil colocam-se à disposição para esclarecimentos.
Atenciosamente,
Comissão Organizadora:
Elena Nicoleti (Argentina), Marita Manzotti (Argentina), Teresa Pavone (Brasil) e Heloisa Prado Silva Telles (Brasil).
Desejamos a todos um bom trabalho e estamos à disposição para orientações e esclarecimentos.
Atenciosamente,
Comissão de Coordenação e Orientação do CIEN Brasil
Cristiana Pittella de Mattos (Coordenação Geral): cristianapittella@yahoo.com.br
Heloisa Prado Rodrigues da Silva Telles: helotelles@uol.com.br
Maria do Rosário Collier do Rego Barros: mrcollier@terra.com.br
Teresa Pavone: tpavone@terra.com.br
26 de julho de 2009
[elp-debates] [BLOG-ELP] Nuevos POST del 27 de Junio al 24 de Julio de 2009
25 de julho de 2009
24 de julho de 2009
[Inter-cambios] CEPU-Grupo Asociado al IOM. EL FARO 3-disponible
Um amplo leque de discussões com a participação de 23 profissionais renomados do Brasil e outros países, como o cineasta e crítico Gustavo Dahl, o professor Muniz Sodré, o crítico de cinema e secretário executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, a escritora francesa Céline Scemama, o jornalista e professor francês Alain Bergala, e o jornalista Paulo Paranaguá, do jornal Le Monde, vai movimentar a Sala Principal do Teatro Castro Alves, em Salvador, de 27 a 30 de julho, durante a realização das Mesas-Redondas do V Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, organizadas por Marcela Antelo, coordenadora do Núcleo de Investigação Cinema e Psicanálise da Escola Brasileira de Psicanálise. Com uma temática voltada para as dimensões históricas e contemporâneas do cinema, os debatedores irão focalizar seis aspectos instigantes e indispensáveis para todos os que se interessam pela Sétima Arte: “Godard: Cinema e Poesia”; “O Oriente Cinematográfico”; “Quando o Cinema é Arte”; “Pensar o Cinema”, A Insustentável Leveza dos Muros. Cinema e Política” e “O Futuro do Cinema”.
PARTICIPANTES - Os convidados especiais do V Semcine para as Mesas-Redondas são Alfredo Manevy (Secretário Executivo do Ministério da Cultura, doutor em Cinema e Vídeo pela USP, com a tese Jean-Luc Godard e o Cinema Americano – De Acossado a Made in USA, crítico e roteirista); Muniz Sodré (baiano, um dos grandes pensadores contemporâneos, mestre em Sociologia da Informação e Comunicação (Paris-Sorbonne), doutor em Letras pela UFRJ, onde é professor titular da Escola de Comunicação), diretor da Biblioteca Nacional; Gustavo Dahl (cineasta, crítico e ensaísta, presidiu o Conselho Nacional de Cinema, em 1985), Kiko Goifman (cineasta, antropólogo e mestre em Multimeios pela Unicamp, vencedor de cinco prêmios do Festival de Brasília 2008, com “Filme-Fobia”); Pedro Paulo Rocha (cineasta e artista multimídia, pesquisador de Transcinemas, filho do cineasta baiano Glauber Rocha), Alessandra Meleiro (pesquisadora, organizadora da coleção “Cinema no Mundo; Indústria, Política e Mercado”); Monclar Valverde (Doutor em Filosofia pela UFRJ, com pós-doutorado em Teoria da Comunicação, músico, pesquisador e professor adjunto da Ufba); Beatriz Seigner (atriz, cineasta e escritora, diretora do primeiro longa indo-brasileiro, “O Sonho Bollywoodiano”), e Paulo Paranaguá (jornalista do Le Monde para a América Latina, crítico de cinema, autor dos livros “Cinema na América Latina” e “Longe de Deus e Perto de Hollywood”).
Os convidados internacionais são: Silvia Schwarzböck (doutora em Filosofia e professora de Estética) e Gerardo Yoel (formado em Artes Cinematográfica (Université de Paris VIII), da Argentina; Ram Devineni (cineasta, fundador da Academia Internacional de Cinema em São Paulo e o Bollywood Brasil) e Jim Finn, premiado cineasta que usa humor e ficção histórica para analisar ideologia, capitalismo e práticas revolucionárias, diretor de “The Juche Idea”,em cartaz no SemCine), dos Estados Unidos; Montserrat Martí (professora de Técnicas de Expressão Audiovisual em Comunicação, codiretora do DiBa – Digital Barcelona Film Festival), da Espanha; Céline Scemama (mestre em Estética do Cinema pela Universidade de Paris I, Panthéon-Sorbonne), Kristian Feigelson (escritor, professor de Sociologia do Cinema e do Audiovisual na Universidade de Paris II Sorbonne Nouvelle) e Alain Bergala (crítico, ensaísta e professor de Cinema, um dos maiores especialistas na obra de Jean-Luc Godard, curador da “Retrospectiva Godard” no V SemCine), da França.
MEDIADORES – Outros profissionais renomados também atuarão como mediadores das Mesas-Redondas: Arlindo Machado (SP), autor do livro “A Televisão Levada a Sério”); Angel Díez (RJ, formado pelo Institut des Hautes Études Cinématographiques, Paris, professor, autor de filmes documentários e de ficção); Célio Garcia (MG, psicanalista, doutor em Psicologia pela Universidade de Paris); Mahomed Bamba (professor de Estética e Cinema na Ufba); José Serafim (doutor em cinema Documentário pela Universidade Paris X, escritor e professor da Facom/Ufba) e Edilene Dias Matos (Doutora em Comunicação e Semiótica/Literatura pela PUC de São Paulo; atualmente é professora do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos, da UFBA).
INSCRIÇÕES ABERTAS - As inscrições que dão acesso às Mesas-Redondas e também às mostras de filmes do Seminário, no valor de R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira), devem ser feitas através do site www.seminariodecinema.com.br I
nformações pelo telefone (71) 3332-0032. O V SemCine é uma realização da VPC Cinema Vídeo e UFBA, com o patrocínio do Ministério da Cultura / Fundo Nacional de Cultura/ Lei Rouanet e Governo do Estado da Bahia/ Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura. Co-Patrocínio da Apex, Cinema do Brasil, Oi Futuro e Prefeitura Municipal de Salvador.
Mesas-Redondas DO V Semcine –
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Sala Principal do Teatro Castro Alves 27 de julho - segunda-feira – 15 horas
MESA I - “GODARD: CINEMA E POESIA”
Debatedores: Céline Scemama (FR), Alain Bergala (FR) e Alfredo Manevy (Brasília)
Mediador: Angel Diez (RJ) “A imagem chegará no tempo da ressurreição”.
Palavras que Godard atribui a São Paulo, mas que não constam em nenhum dos textos do apóstolo… Promessa de Godard que, sendo o mais pessimista dos cineastas contemporâneos, revela-se como o maior guia para os futuros operários do que hoje chamamos de “audiovisual”. Cineasta ortodoxo, Jean-Luc Godard acredita na chegada messiânica de um novo modo de entender o mundo: a imagem como linguagem. Ainda moramos sob o poder de Gutenberg, não se cansa de repetir ele. 28 de julho – terça-feira – 9h30
MESA II– “QUANDO O CINEMA É ARTE”
Debatedores: Monclar Valverde (BA) e Kristian Feigelson (FR)
Mediador: Edilene Dias Matos (BA)
Como as artes maiores afirmam sua presença no cinema? Nascido na encruzilhada do espectáculo de massa e das técnicas, o cinema merece a sua denominação de “sétima arte” ou é apenas um sucedâneo da grande arte? O que aproxima o “cinema de arte” do “vídeoarte” enquanto projetos estéticos? Quando podemos afirmar que a arte anima o audiovisual? Polêmicas e teorias divergentes marcam a cópula histórica entre o cinema e a arte. Desde 1912, ano em que o futurista Ricciotto Canudo batizou o cinema nascente como Sétima Arte , síntese sinfónica de todas as artes, polimorfas interpretações sobre sua essência ocupam teóricos, críticos e realizadores. Arte impura, voraz apropriadora de outros saberes, primitiva e moderna, sabia e popular, clássica e experimental, livre e universal ao mesmo tempo. Para as vanguardas, o cinema é antídoto do dogmatismo e academicismo, sempre reinantes. 15 horas
MESA III – “O FUTURO DO CINEMA”
Debatedores: Kiko Goifman (SP), Montserrat Martí (ESP) e Pedro Paulo Rocha (SP)
Mediador: Arlindo Machado (SP)
Mutações paradoxais como a míngua do espectador nas salas e a produção de um enorme número de filmes obrigam a pensar novos parâmetros de produção, distribuição e exibição do audiovisual. Um cinema pós-midiático se anuncia. Acalorados debates questionam se a democratização prometida pelo digital permite ainda falar de arte cinematográfica. Fabricar um espetáculo completamente a partir de imagens de síntese ameaça a essência do cinema? A interpretação demoníaca das novas tecnologias representa a força da prudência ou simples tecnofobia? Se a arte se empenha historicamente em utilizar as técnicas do seu próprio tempo, o conhecimento delas, seus limites e possibilidades, é imperativo. Seja a versão hardware das megaproduções americanas como “Guerra nas Estrelas” ou o último Kar-wai-Wong, seja a versão software das DVDs de bolso de cada um, a ficção objetiva do real através do império do registro mais e mais automatizado levanta questões que merecem nossa análise. .
dia 29 de julho – quarta-feira – 9h30
MESA IV – “O ORIENTE CINEMATOGRÁFICO”
Debatedores: Ram Devineni (EUA), Alessandra Meleiro (SP) e Beatriz Seigner (SP)
Mediador: Mahomed Bamba (BA)
A atual expansão do cinema de Taiwan, China, Coreia, Irã atualiza o debate sobre as fronteiras entre o político, o estético e o cultural na definição globalizante dos cinemas nacionais. A organização de festivais internacionais sobre estes filmes consagra, por sua vez, estes agrupamentos dos cinemas regionais sob um mesmo leque e etiqueta. Quais tendências, formas de pensamento e relação de alteridade tais denominações revelam? Essa é a proposta desta mesa em torno do cinema oriental ou asiático. Cinema asiático ou cinema oriental? Existe de fato um oriente cinematográfico? Limita-se às cinematografias dos países do Oriente Médio ou inclui também países como Japão, Coreia, Israel, os Balcãs, a Índia, Turquia, Uzbekistão e toda Ásia Central? A hesitação terminológica para se referir às cinematografias ao leste do Ocidente merece reflexão, pois revela uma parte de “orientalismo” na crítica e recepção dos filmes provenientes desta parte do mundo. De um ponto de vista geográfico, podemos ver que o “orientalismo cinematográfico” começa pelo interesse manifesto de alguns realizadores ocidentais pelas paisagens, costumes e espaços do oriente árabe.
Em seguida este interesse se prossegue na crítica e no olhar eurocêntrico sobre produções cinematográficas ricas em novas propostas estéticas (notadamente o cinema japonês, com os fenômenos que foram Ozu e Kurosawa, ícones da Nouvelle Vague.) 15 horas
MESA V – “PENSAR O CINEMA”
Debatedores: Silvia Schwarzböck (AR), Gerardo Yoel (AR) e Muniz Sodré (RJ)
Mediador: Célio Garcia (MG)
Podemos pensar o cinema ou ele é somente um campo de ação? Seria o acontecimento cinematográfico pensável, ou a ele teríamos que nos submeter, servindo-lhe de suporte "sem pensar"? O cinema como experimentação filosófica foi formalizado por Gilles Deleuze e vem sendo retomado incessantemente pela filosofia. Por outro lado, a extraordinária experimentação proporcionada pelo cinema e suas montagens liberadas cada vez mais de códigos consagrados, sua escrita sincopada, põe a filosofia a pensar novos problemas. A parceria entre o cinema e filosofia é hoje obrigatória. Imagens pensantes.
Dia 30 de julho – quinta-feira – 9h30
MESA VI- “A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DOS MUROS: CINEMA E POLITICA” Debatedores: Jim Finn (EUA), Paulo Paranaguá (FR) e Gustavo Dahl (SP)
Mediador: José Serafim (BA)
Como tratar esta questão, ou melhor, essa dupla explosiva que está presente desde o inicio do cinematógrafo, através de filmes, como “O Caso Dreyfuss” (1899), de Georges Méliès, ou “O Assassinato do Duque de Guise” (1908) realizado por André Calmettes e Charles le Bargy. O cinema aborda, tanto como tema principal quanto secundário, questões vinculadas à sociedade e à política. Estas questões permeiam grande parte das produções, seja através de temáticas ou de movimentos mais amplos, por exemplo, o Neorrealismo italiano ou a Nouvelle Vague francesa, esta última tratará a política, inclusive, através do manifesto denominado “política dos autores”. Pode-se também pensar essa questão no sentido militante tal qual o movimento realizado nos anos 60 pelos cineastas latino-americanos, ou a militância do Grupo Dziga Vertov criado por Jean-Luc Godard. Será também o caso de cineastas como Chris Marker, Costa-Gavras, Nanni Moretti e Abbas Kiarostami.
O cinema político não se definiria assim pelo seu conteúdo, mas sim pela sua própria ontologia. São os temas politicamente engajados ou sua função poética que transformam o cinema em uma arma carregada de futuro?
Assessoria de Imprensa do V Sem Cine
João Saldanha
(71) 8808-9179
Agnes Cardoso
(71) 8163-6144