20 de junho de 2017

Carta de São Paulo Online – #15 – Nova série



http://ebpsp.org.br/institucional/carta-de-sao-paulo-online-15-nova-serie-2/
Fotografia 2

 

Editorial

 Carmen Silvia Cervelatti 
(EBP/AMP e Diretora Geral da EBP-SP)
Caro leitor,

A gestão da Diretoria da EBP-SP mudou. A permutação de cargos institucionais é um dos princípios que fundamentam a prática da Escola de Lacan e é parte da formação do analista quando cada um se responsabiliza por sua posição de sujeito e pela transferência de trabalho. Patricia Badari está no comando da Carta de São Paulo online, seja bem-vinda.

Nesta 1ª edição sob nova direção, o título “Servir-nos da Pai-versão” faz referência a uma citação de Lacan no Seminário 23, o sinthoma, que se encontra no texto; também é um convite para que participem e se sirvam das atividades preparatórias que desenvolvemos nas reuniões das quartas-feiras em nossa sede. Este é um resumo do texto discutido na atividade de Apresentação das VII Jornadas da EBP-SP. Este Seminário de Lacan originou a inspiração do tema destas Jornadas.

Também nos preparamos para o VIII ENAPOL Assuntos de família, seus enredos na prática, cujos comentários estão nos textos “Família?” e “Assunto de família”. O primeiro enfatiza especialmente os enredos, a novela familiar que cada analisante tece em sua análise buscando interpretar o segredo inominável do gozo do casal parental, que também guarda uma relação com a época em que vivemos. A cada dia vemos as tecnociências inventando maneiras de filhos existirem de forma não tradicional, além do ato sexual. Reprodução e filiação não se recobrem, leiam no segundo texto. Para a psicanálise a família existe enquanto tradução de um desejo, desde que não seja anônimo, como disse Lacan. Sexuação e parentalização são duas elaborações de cada sujeito, um a um.

 

Acontece na EBP-SP

 

Carmem

 

 

 

 

 

 

 

 

Servir-nos da Pai-versão, por Carmen Silvia Cervelatti (EBP/AMP)


Pai-versões contempla os trabalhos preparatórios para o VIII Enapol Assuntos de família, seus enredos na prática e para o XI Congresso da AMP As psicoses ordinárias e as outras, sob transferência. Em parceria com a EBP-MG, temos Pierre Naveau como conferencista internacional. Sandra Grostein é a coordenadora geral e Rômulo Ferreira da Silva da comissão científica. No boletim Di#versos estão as comissões. As atividades preparatórias estão sendo desenvolvidas em parceria do Conselho e da Diretoria da Seção.


Cynthia

Assunto de família, por Cynthia Farias (EBP/AMP)

As análises se iniciam e prosseguem imersas nos romances familiares, ficções que tentam explicar o que está em jogo entre um pai e uma mãe no que concerne à posição de homem e mulher. A família é um “sistema simbólico e um aparato de gozo”1 que visa regular o desencontro que deu origem a um sujeito e funciona para velar a inexistência da relação sexual2. Por isso, numa análise, trata-se de localizar o sujeito nessa ficção para isolar sua forma singular de gozo. Miquel Bassols afirma que “é o gozo feminino, o gozo do Outro, [implícito no desejo da mãe] que habita em toda unidade familiar”.


Daniela

O pai nas novas configurações familiares, por Daniela de Camargo Barros Affonso (EBP/AMP)

Como anda o pai nas novas configurações familiares em que os casais são, por exemplo, homossexuais ou transexuais? Se é na família que se elaboram as condições determinantes da escolha de objeto, o que o pai nas múltiplas formas familiares da atualidade, transmite?
É preciso pensar a noção de pai não a partir do parentesco, mas da relação homem e mulher no casal parental.



Teresinha

Família?, por Teresinha N. Meirelles do Prado (EBP/AMP)

A partir da discussão da atividade preparatória[i] do dia 24 de maio, destaco alguns pontos do argumento disponível no site do VIII ENAPOL que me serviram de orientadores, bem como alguns trechos pontuais extraídos de textos preparatórios para o próximo Encontro, associados a alguns elementos discutidos nesse dia, e outras referências.
A primeira questão que ficou da discussão refere-se à pergunta: o que é uma família na atualidade, e sob qual perspectiva isto tem lugar na psicanálise de orientação lacaniana?




Gabinete de Leitura Lacaniana

 

Mirmila

Cracolândia: para além da Toxicomania, por Mirmila Musse

A toxicomania é um dos novos sintomas que se apresentam na contemporaneidade. Quando não há limites às exigências pulsionais de prazer, qualquer coisa pode ocupar o lugar da satisfação imediata de gozo[1], como o uso abusivo de drogas, por exemplo.




Juliana

Paterson e a anotação dos dias, por Janaina Costa Veríssimo

No longa de Jim Jarmusch[i], Paterson (Adam Driver) é um pacato motorista de ônibus da cidade de Paterson, Nova Jersey. Um motorista que lê e escreve poemas sem rimas, os seus preferidos, sem qualquer pretensão de um grande acontecimento. Paterson se recusa a portar um smartphone, ele é o cidadão que, diante de um problema elétrico do veículo, ainda procura por um orelhão.

 

VIII Enapol – Assuntos de família e seus enredos na prática.

http://asuntosdefamilia.com.ar/pt/index.php

 

Jornada de Cartéis

Prorrogação do prazo de entrega dos trabalhos

16/06 – arielb@uol.com.br


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