Hoje em dia se analisa como se analisava nos tempos de Freud? Não. No mundo contemporâneo, os sintomas já não são os mesmos. Antes, os laços sociais eram orientados pela figura paterna, numa estrutura vertical. O pai é que tinha as chaves do saber e marcava o rumo. Hoje, o saber se generalizou, basta um clic no mouse para ingressar no saber. O homem ficou desbussolado, sem o norte da mão do pai que, por ter o saber, lhe assegurava o caminho. Hoje temos uma sociedade organizada numa estrutura horizontal, em rede, descentralizada. Tal transformação do laço social exige modificação no modo de incidir na clínica. A forma de um sintoma se adapta ao relevo social de uma época. Os sintomas, que reagiam à interpretação e ganho de sentido, hoje não respondem mais. Surgem novas formas de expressão do mal-estar humano, os novos sintomas, que se caracterizam pelo curto-circuito da palavra. Têm em comum a impossibilidade de explicação. São as anorexias, o fracasso escolar, a toxicofilia, os crimes inusitados e outros.
Qual o tratamento para os novos sintomas? O tratamento psicanalítico que se dá por meio da palavra e do ato. Não da palavra que dá sentido, mas da responsabilização pelo não-saber, por esse ponto estranho que “sou eu”. Tratamento através do empréstimo de consequência, do enigma, do equívoco, do deslocamento do gozo, da surpresa e da invenção, bisturis da clínica do Real. O psicanalista lacaniano, pronto a todas as contingências, não recua frente ao homem desbussolado do mundo atual.
Este curso dedicado aos novos sintomas e seu tratamento pela psicanálise incluirá exemplos da clínica. O programa será desenvolvido em cinco aulas ministradas por docentes do IPLA.
Data: 22 de fevereiro de 2014 Local: IPLA, Rua Augusta, 2366 – Casa 2, São Paulo Telefones: (11) 3061-0947 e (11) 3081-6346
O valor é de R$ 180,00. Alunos do IPLA e estudantes até 25 anos têm desconto de 20%.
Vagas limitadas. É necessário que haja um número mínimo de inscrições para a realização do evento.
Este programa está sujeito a modificações.
Orientação científica: Jorge Forbes
Coordenação: Liége Lise e Elza Macedo
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